20 research outputs found

    Da necessidade de se ler "O Problema do Café no Brasil"

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    Estudos sobre a sociedade e a economia brasileira, até o terceiro quartel do século passado, tinham, na maioria, um caráter de certa forma ensaístico: visões amplas, painéis interpretativos, os mais influentes deles abrindo novos caminhos, como as obras clássicas de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda ou Celso Furtado. Mas a partir dos anos setenta, com a reforma universitária e a institucionalização dos cursos de pós-graduação na década anterior, as exigências de titulação para ingresso e ascensão na carreira universitária fizeram com que a produção acadêmica passasse a ser crescentemente monográfica, voltada ao estudo detalhado de questões mais específicas, frequentemente derivada de teses e dissertações defendidas nos cursos de mestrado e doutorado

    A industrialização brasileira antes de 1930: uma contribuição

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    Os últimos anos presenciaram um interesse crescente no estudo da industrialização brasileira. As interpretações anteriores desse processo, em larga parte derivadas da análise de Celso Furtado, davam ênfase quase exclusiva ao desenvolvimento da produção de manufaturas após 1930, aparecendo os anos da Depressão como o marco inicial da industrialização, em decorrência basicamente do declínio brusco na capacidade de importar do país Referências a períodos anteriores ressaltavam principalmente o papel da l.a Guerra como fator de estimule às primeiras tentativas industrializante

    Ciências Sociais e Aplicadas.

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    A área de Ciências Sociais Aplicadas abrange, em Avaliação & Perspectivas 1982,\ud as dez subareas seguintes: Administração, Biblioteconomia, Comunicação, Demografia,\ud Economia, Economia Rural, Educação, Geografia, Serviço Social e Urbanismo.\ud (*) O rótulo de Ciências Sociais "Aplicadas" para esse grupo de disciplinas é obviamente\ud inadequado, assim como a distinção entre Ciências Sociais Aplicadas e Ciências\ud Humanas e Sociais. A adoção dessa classificação pelo CNPq obedeceu basicamente a\ud razões de ordem prática.\ud A preparação dos documentos de Avaliação & Perspectivas para essas dez subáreas\ud foi um processo extenso, que envolveu, direta ou indiretamente, ao longo\ud de um período de vários meses, grande número de especialistas daquelas disciplinas.\ud Inicialmente, a partir de indicações feitas pelos Comitês Assessores do\ud CNPQ, foram escolhidos pesquisadores de expressão e experiência em seus campos\ud de atividade, para funcionarem como redatores dos documentos. Foram os\ud seguintes os redatores das várias subáreas: Administração: professor Roberto\ud Costa Fachim, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Biblioteconomia:\ud professora Suzana Pinheiro Machado Mueller, da Universidade\ud de Brasília (UnB); Comunicação: professor Eduardo Peñuela Cañizal, da Universidade\ud de São Paulo (USP); Demografia: professora Elza Berquó, do Centro\ud Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap); Economia: professor Pedro Malan,\ud do Instituto de Pesquisas do lpea e da PUC do Rio de Janeiro; Economia\ud Rural: professor Charles Curt Mueller, da Universidade de Brasília (UnB);\ud Educação: professora Bernadete Gatti, da Fundação Carlos Chagas; Geografia:\ud professor Manuel Correia de Andrade, da Universidade Federal de Pernambuco\ud (UFPE); Serviço Social: professora Safira Amman, da Universidade de Brasília\ud (UnS); Urbanismo: professora Maria Adélia Aparecida de Souza, da Universidade\ud de São Paulo (USP).\ud Na preparação de seus documentos, os redatores se valeram, além dos dados disponíveis na Capes, CNPq e outras instituições, de informações colhidas diretamente\ud em visitas aos centros de pesquisa de sua área, ou obtidas por meio de\ud questionários, entrevistas etc. As versões preliminares dos documentos foram\ud submetidas à apreciação de membros representativos da comunidade de pesquisadores\ud na subárea: dirigentes de associações científicas, de instituições de\ud pesquisas, coordenadores de programas de pós-graduação etc. Para alguns dos\ud documentos, esse processo de discussão envolveu várias dezenas de pesquisadores.\ud As versões finais dos diversos relatórios foram ratificadas pelo Comitê Assessor\ud da área correspondente. Assim, embora se reflita nos documentos, como é óbvio,\ud a postura pessoal de quem os redigiu, eles devem ser vistos também como um posicionamento da comunidade científica de cada subárea, tal como representada\ud no Comitê Assessor respectivo.CNP

    Índices de produção industrial para a década de 1920: um reexame

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    Este artigo tem três objetivos (...

    Gilberto Freyre, a Escravidão Benigna e a Economia do Escravismo

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    O objeto deste artigo é de examinar o tema da escravidão do ponto de vista da racionalidade econômica do senhor de escravos na visão de Gilberto Freyre. Supondo que este tenha em relação à mão-de-obra escrava, um comportamento maximizador, a demanda por escravos pode ser analisada sob o mesmo ponto de vista da demanda por mão-de-obra livre, associando-a basicamente à produtividade do escravo enquanto agente de produção de bens ou serviços. As formas usadas para extrair da força de trabalho escravo o desempenho desejado são melhor entendidas a partir de uma análise que contempla a comparação entre custos e resultados esperados. O artigo em questão expõe também alguns aspectos do debate sobre a suposta benevolência comparativa do senhor de escravos, examinando elementos de uma visão econômica do problema. The objective of this article is to examine slavery from the viewpoint of the economic rationality of the master of slaves in Gilberto Freyre’s vision. Assuming that this had a maximizing behavior in relation to slave labor, the demand for slaves may be regarded under the same point of view of the demand for free labor, associating it to the productivity of slave as a producer of goods and services. The mechanisms applied for extracting the desired performance from the slave workface may be letter understood if the analysis embodies a comparison between costs and desired results. This article clarifies also some aspects of the debate on the supposedly mildness of the slave masters, by examining some elements of the question from an economic stand point

    "Soft" slavery in Brazil : was Gilberto Freyre right?

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    Este artigo analisa o caráter supostamente benigno da escravidão brasileira, em contraste com a escravidão na América do Norte. Na análise econômica da escravidão, coerção para os escravos é visto como um meio para atingir potência máxima, especialmente na agricultura de grande escala. Nas explorações escravo pequeno, porém, a coerção era geralmente ineficazes para o efeito, e incentivos positivos tendem a ser o preferido. Argumenta-se que, conforme os dados mais recentes sobre o Brasil mostrou que as explorações de pequena escravo predominou em várias regiões e períodos, isso pode dar suporte empírico para a noção de uma escravidão relativamente benigna, recorrendo a incentivos mais de coacção. _______________________________________________________________________________ ABSTRACTThis article examines the question of the supposedly benign character of Brazilian slavery in contrast with North America slavery. In economic analyses of slavery, coercion toward slaves is viewed as a means to achieve maximum output, especially in large-scale agriculture. In small slave holdings, however, coercion was generally inefficient for that purpose, and positive incentives tended to be preferred. It is argued that, as recent evidence on Brazil has shown that small slave holdings prevailed in various regions and periods, this may lend empirical support to the notion of a relatively benign slavery, using more incentives than coercion

    Escravidão "suave" no Brasil: Gilberto Freyre tinha razão?

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    This article examines the question of the supposedly benign character of Brazilian slavery in contrast with North America slavery. In economic analyses of slavery, coercion toward slaves is viewed as a means to achieve maximum output, especially in large-scale agriculture. In small slave holdings, however, coercion was generally inefficient for that purpose, and positive incentives tended to be preferred. It is argued that, as recent evidence on Brazil has shown that small slave holdings prevailed in various regions and periods, this may lend empirical support to the notion of a relatively benign slavery, using more incentives than coercion
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